20 Jul Inês Pestana
“DESASSOSSEGO”
POR INÊS PESTANA
A humanidade tem vindo a evoluir para uma sociedade maioritariamente tolerante. A ideia do que é considerado normal é cada vez mais abrangente. Ainda assim, mesmo os maiores defensores da “pátria” podem impor rótulos e reproduzir estereótipos involuntariamente.
É neste contexto que se desenvolve esta obra: explorando a subtileza do que, para a maioria das pessoas, ainda pode ser visto como bizarro. Não trata de temas recorrentes, já debatidos de forma intensa, como a orientação sexual, o racismo ou a desigualdade entre géneros. Procura antes pequenos desassossegos, que embora insignificantes, desequilibram o todo.
As personalidades têm características únicas que não nascem a partir do que se gosta, do que se faz ou de quem se conhece. São íntimas. Revelam-se de dentro para fora, nos pormenores e são percecionadas em breves experiências pessoais ou por outros olhares mais atentos.
É altura de anular o conceito do que é oposto e que não deve coexistir. E assim, se expande o conceito de “normal” até ao desaparecimento daquilo que o limita.
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